Vivemos em uma sociedade que busca incessantemente o conhecimento, no entanto possuímos enumeras dificuldades para alcançá-lo. Somos diariamente bombardeados por uma infinidade de informações, as quais em sua maior parte, desprezamos por valorizarmos apenas uma mínima parcela, sendo essa exatamente a que está diretamente ligada aos nossos interesses como indivíduos.
A sociedade pós-moderna se esvaziou diante de três pilares fundamentais que padronizavam moral e intelectualmente as pessoas, são esses: família, igreja e escola. A família hoje em novos padrões ou em total dissolução, as igrejas e escolas, em boa parte, viraram empresas, assim sem bases sustentáveis essa sociedade ainda se rendeu a juventude. Todos querem ser jovens, há uma idolatria a juventude. E essa tem total dificuldade de administrar tanta autonomia adquirida, tem ainda que tentar o tempo todo ser bem aceito e mais, diante de tantos direitos precisa encontrar um sentido para sua existência, pois esse também se esvaziou.
O papel do educador nessa sociedade pós-moderna é de suma importância, nós temos uma forte arma para mudar todo esse quadro de caos social, reclamar apenas que a educação vai mal e que a instituição escola está falida não nós levará a lugar algum. O que como educadores precisamos fazer e podemos e dar aos nossos alunos sustentabilidade. Essa é a palavra chave do século XXI, todos esses valores sociais inovadores vivenciados por todos nós são insustentáveis. Temos a arma, o discurso, a palavra, devemos utilizá-la de maneira correta e branda, dar a eles a atenção que não possuem e ensiná-los a viver em comunidade, em grupo.
Como professora acredito que somente pela educação é possível alcançar qualidade de vida, esta apesar de tantos avanços, ainda falta a boa parte da população brasileira. Não acredito que a escola deva continuar a ser o local “chato” onde os alunos aprendam apenas a seguir regras e cumprir com suas obrigações, penso que a escola deve atraí-los e ensiná-los a pensar melhor sobre tudo e acima de tudo fazê-los perceber que a melhor maneira de se viver é por meio de sonhos e busca constante para realizá-los. A escola precisa dar a juventude a competência de interpretar o mundo, a vida a sua volta, precisa proporcionar a integração desse jovem a sociedade, pois se não o faz, ele buscará outros meios de ser aceito fora da escola, a margem da vida social. Socializar é a mais difícil tarefa e a maior função da escola na sociedade pós-moderna em que vivemos.
Então, como atraí-los e fazer da escola um ambiente prazeroso, mais coletivo, pois a noção de felicidade atual se resume a realização de desejos próprios e não do grupo. Como mudar essa noção. Por meio do discurso, da boa conversa e é claro que o uso da palavra pode vir não só textualmente ou oralmente, devemos e podemos utilizar as novas mídias, como o cuidado de torná-los críticos e não seres manipuláveis. Esse é o meu desafio como educadora, preciso aprender o tempo todo a tornar minhas aulas atrativas e úteis para meus alunos. Para tal tarefa preciso utilizar a meu favor e ao deles, todos os recursos midiáticos possíveis para atraí-los e para integrá-los à sociedade pós-moderna, mas é claro fazendo deles cidadãos críticos, pensantes e não apenas reprodutores de um sistema imposto que os limita.
Ser professor não é fácil, mas a meu ver é a profissão que dá sustentabilidade ao mundo, pois por mais que a tecnologia evolua, haverá sempre a figura desse profissional desenvolvendo-a. Assim devo e devemos todos utilizar toda essa gama de recursos e ferramentas para fazer dos nossos alunos seres socialmente integrados. Se você se sente parte, você não se sente só, você sonha, alcança e luta.
Tento o tempo todo, e utilizando as novas mídias, tornar minhas aulas de história,com os conteúdos aos quais devo transmitir, ou seja, tanta informação, em conhecimento real e útil para que meu aluno cada vez mais faça parte e seja consciente da sociedade em que vivemos. Tantas ferramentas disponíveis nos dão meios de alcançá-los, e uma escola atrativa e que cumpre sua função, a meu ver, é aquela que consegue levar os alunos a alcançar as respostas e a ter novas dúvidas sobre quaisquer assuntos que os edifiquem como reais cidadãos. Pois segundo Galileu: “não se pode ensinar tudo a alguém, pode-se apenas orientá-lo para encontrar por si mesmo”. Esse é o meu papel como professor e educador.
Sou Simone Herédia de Souza, professora e educadora e uma constante aprendiz, pois acredito que só podemos orientar alguém se aprendermos a reais necessidades e os melhores caminhos e instrumentos para que tal orientação seja um sucesso para o orientando e o orientador.
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